Os perrengues dos viajantes

Viajar é uma das melhores coisas da vida, seja para conhecer um lugar novo, descansar, pensar na vida… E tem um ditado que diz assim: “quem vê close, não vê corre”, que acaba sendo bem verdade para quem enfrenta algum perrengue de viagem e ninguém nas redes sociais sequer imagina. Vou contar um pouquinho de 3 histórias sobre os perrengues dos viajantes.

Recebi relatos de seguidores e amigos, contando os perrengues dos mais diversos tipos, e separei 03 aqui, para compartilhar com vocês. Viajar é, de fato, maravilhoso. Às vezes, o perrengue acontece para nos preocupar, mas no final, sempre damos boas risadas, não é?

 

Os Perrengues dos Viajantes

Perrengue no hospital em Cuba

A Adeli e o marido viajaram para Cuba este ano. Com passagem por Varadero, comeram bastante peixe e beberam muita cuba-libre, praticamente todos os dias. Os dias tinham uma média de 34ºC, obviamente poderia causar o “piriri”, e causou!

Eles viajaram para Santiago de Cuba, mas no dia anterior da chegada, já não estavam muito bem, quando o marido da Adelia foi à Clínica Internacional de Varadero. Ficou cerca de uma hora no soro e foi medicado. Já Adeli, ficou com uma infecção gastrointestinal.

Por sorte, os donos da pousada que ficaram, foram ótimos, cuidaram do casal e os encaminharam para a Clínica Internacional Santiago de Cuba. E lá, Adeli passou a manhã, tomando soro e medicação, pois estava bem desidratada, enjoada e fraca.

Ela tinha vomitado e tido diarréia a noite inteira!  Ainda fraca, mas já sentindo melhor, ficou  feliz quando acabou o soro, crente que iria para casa para aproveitar a tarde conhecendo Santiago. Para sua surpresa,  a enfermeira disse que a ambulância estava quase chegando para leva-lá ao  hospital.

E assim, Adeli foi para o Hospital Provincial Saturnino Lora, na qual foi novamente examinada, tomou mais soro com medicação, ajudando na recuperação total. Já eram mais de 15h e Adeli ainda estava no hospital, aguardando o resultado do exame de cólera, pois era um risco que ela tinha e poderia colocar toda a ilha em risco.

Antes de sair do hospital, passou na farmácia e para comprar os remédios.

Uma manhã na clínica internacional + ambulância + tarde no hospital e remédios, ficaram em mais de R$1400. E detalhe: Pagamento somente em dinheiro! Sim, vários lugares de Cuba não aceitam cartão. Posteriormente, foi ressarcida pelo seguro viagem que ela tinha.

Foto: Pixabay

Adeli conta relatos de viagem no blog Rotavírus em Ação.

A Lua de mel que se tornou lua de fel

A Daniela* em sua primeira lua de mel foi assaltada no caminho para o aeroporto. Como na época não existiam aplicativos de transportes, e táxi era caro, ela com o então recém marido, foram de ônibus. O assalto aconteceu no terminal, fazendo com que o casal perdessem todos os documentos.

E aí que começa o desespero deles. Os dois moravam de aluguel. A Daniela teve que ligar para dona da casa, perguntando se havia alguma cópia da chave e pedir a mesma para entrar e pegar a Carteira de Trabalho de ambos. Só assim, conseguiram embarcar.

Só que, o que Daniela não lembrava era da noite de núpcias que aconteceu antes da viagem. Era lingeries espalhadas pelo chão, brinquedos eróticos, cueca, etc. Como o voo deles era muito cedo, não tiveram tempo de arrumar nada. Obviamente a dona da casa viu tudo, mas por fim, conseguiu achar os documentos e levou na delegacia.

Boletim de ocorrência feito depois de muito estresse e medo de perderem o voo, finalmente conseguiram embarcar para tão sonhada viagem para Foz do Iguaçu, no Paraná.

Como todo casal recém casados, todos os momentos livres que tinham para namorar, assim faziam. A Daniela pegou uma infeção vaginal, que nem conseguia urinar. Foi parar no Pronto Socorro. Ficaram horas no hospital até serem atendidos.

O médico, muito paciente, explicou que ela estava naquele estado porque eram os primeiros atos sexuais dela, o que era normal, dado a prática excessiva que o casal estava. Ficaram proibidos de fazerem qualquer ato pelo restante da viagem.

 

Os perrengues dos viajantes

Foto: Zig Koch – MTUR

O nome Daniela é fictício, pois a mesma já se encontra em outro casamento e o atual marido não sabe da história. 

O meu perrengue

Toda viagem, enfrento um perrengue diferente, que daria até um livro! Mas, acho que o da imigração de Londres foi o mais assustador! E conto todos os detalhes aqui.

Segurança depois do 11 de setembro

O perrengue da Lívia é bem assustador. Logo após ao 11 de setembro, Estados Unidos e Europa dobraram a segurança nos aeroportos. Tinha presença de policias e até exército nos aeroportos de alguns países da Europa.

Com viagem programada para Londres, Lívia embarcou com o marido para cidade. A viagem ocorreu super tranquila na ida. Na volta, o perrengue começou. Lívia voltou com um vestido jeans com vários botões na frente que pareciam serem de madeira, mas ao passar pelo detector de metal, o mesmo apitou. O segurança usou o detector de metal manual e foi passando sobre a Lívia, que continuava apitando sem parar, de cima abaixo. A polícia deu um comando e todas as esteiras pararam e todos os viajantes que estavam nas esteiras foram obrigados a se afastarem, ela era uma suspeita de ser mulher bomba.

Os polícias pediram para que Lívia tirasse o vestido, achando que ela estivesse com outra roupa por baixo, ali na frente de todos. Correndo, o seu marido tenta chegar próximo da situação, mas foi barrado pela polícia. E começa toda a confusão. A Lívia não sabia inglês nessa época. E o marido começou a falar que se ela fosse obrigada a se despir ali, ia processar todos. Por fim, dois policias armados com metralhadoras enormes, a escoltaram até uma salinha, com vários policias armados em volta. E a colocaram  numa câmera redonda de detector de metais que girava em torno dela, bem devagar, para checar o que ela estava portando.

Descobriram que eram os botões do vestido que por fora pareciam de madeira, mas internamente eram de metal. Depois de toda confusão, liberaram e não pediram desculpa sequer por toda grosseria. Nisso, todo o sistema de esteira e segurança da sala de raio-x se mantiveram paralisados até a liberação da Lívia.

 

Os perrengues dos viajantes (3)

Foto: Pixabay

Deivson Santana

Capixaba de 29 anos. Ama dar vários rolês e viagens. Adora descobrir lugares novos, seja no Espírito Santo ou fora. Me acompanha no instagram @capixabanaestrada

Você pode gostar...

2 Resultados

  1. Lívia disse:

    Hahaha adorei o post! Divertido e cheio de histórias, parabéns!

  2. Geise disse:

    Não sei o que foi pior, mas acho que o da “Daniela” foi o mais tenso… Pensa, na lua de mel pegar uma infecção dessa?! Que sorte, hein kkkkkkkk (rindo com respeito, lógico 🙈)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.